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Quaresma, confissão, perdão e paz!

Daqui uns dias iniciaremos a quaresma, tempo de preparação para a Páscoa, tempo intenso de escuta da Palavra, um verdadeiro retiro para permanecer com o Senhor e ouvir sua Palavra.


A oração, a esmola e o jejum

Na quaresma, somos convidados à oração, à esmola e ao jejum (cf. Mt 6,1-18) como exercícios para vencer em nós o joio que tenta sufocar o trigo (cf. Mt 13,24ss).

·       A oração cujo modelo é o Pai-nosso (cf. Mt 6,7-15) é diálogo simples, sem rodeios com o Pai que nos ama e tem um projeto de amor por nós.

·       A esmola é o empenho por reparar a injustiça aos mais necessitados repartindo primeiro nosso próprio pão; não é qualquer moeda que se joga para se livrar do incômodo daquele que mendiga na sua indigência, mas é ato de amor discreto, sem o holofote dos elogios dos homens.

·       Jejuar não é tentar emagrecer, mas tomar consciência que vivemos além da necessidade do pão. E se houver algo, menos que Deus, que parece ser essencial à nossa vida, esse algo precisa ser colocado de lado, pelo menos para tomar consciência da dependência ilusória. O jejum nos diz: toma consciência daquilo que deseja ocupar em você o lugar que é somente de Deus. E viva o jejum com alegria!


A quaresma e a confissão

Além desses grandes exercícios, a quaresma é tempo privilegiado para se confessar. Os textos litúrgicos das celebrações, as passagens bíblicas, os cantos, a via sacra e a Campanha da Fraternidade acrescentam a nós um contexto para identificar nossas lutas mais profundas e radicais, perceber nossa responsabilidade pessoal e as amarras sociais e comunitárias que nos impedem de viver na graça do Senhor.

Por isso, preparar-se bem para a confissão na quaresma é um grande presente que damos a nós mesmos.


Aliás, é uma grande oportunidade de nos apropriarmos de um grande dom que o Senhor nos oferece: o perdão e a paz! (Confira Catecismo da Igreja Católica, nº 1424).


Sobre a confissão, gostaria de acrescentar dois pontos importantes. O primeiro é a busca da penitência interior (cf. Catecismo... nº 1430-1433): é reorientação radical da vida, não é um pequeno conserto; é reforma do automóvel todo, não apenas melhorar a funilaria. O segundo ponto é a importância de nos sentir livres do pecado que confessamos: ele fica em nosso passado porque o desejo de vida nova acolhido na graça sacramental é reconciliação, é libertação dos males que nos afligem (cf. Catecismo... nº 1468).


Se você gostaria de conhecer um roteiro para entender melhor como se confessar, sugiro a leitura do meu livro Confessar. O quê? Por quê? Como? publicado por Paulinas Editora. É um roteiro em forma de diálogos entre a catequista dona Maria e seus catequizandos ajudando-os a superar suas dúvidas sobre a confissão. Neste link você pode conferir mais detalhes. Clique aqui.

Padre Cleiton Viana da Silva é presbítero da Diocese de Mogi das Cruzes (SP), doutor em teologia moral pela Academia Afonsiana (Roma), professor de teologia na Faculdade Paulo VI, autor por Editora Paulinas e ministra cursos presenciais e on-line. Conheça seus próximos cursos e atividades. Clique aqui.

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