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O BOM É INIMIGO DO MELHOR, MAS O MELHOR PODE SER INIMIGO DA NOSSA PAZ


Quem me conhece sabe o quanto gosto de repetir essa frase que encontrei alguma vez:


o bom é inimigo do melhor.


E ela sempre tem servido para me ajudar a superar o desejo de deixar as coisas como estão, de me acostumar com tudo que já está ao meu redor.


Dizer que o bom é inimigo do melhor sempre me impulsionou como tem impulsionado a humanidade a superar limites, a expandir horizontes e a buscar novas realidades. Em um certo nível, é bom repetir para nós mesmos: o bom é inimigo do melhor! E tomarmos consciência dos riscos do comodismo, do deixar as coisas como sempre estiveram, do repetir: sempre foi assim ou em time que está ganhando não se mexe.


O ótimo pode ser inimigo da paz

Mas quando ontem eu terminava a postagem sobre a soberba, esse desejo de sermos sempre superiores, acendia em mim uma luz amarela: a busca do ótimo pode tirar a nossa paz. A minha e a sua.


Precisamos ter senso de realidade e nos questionar se atrás dessa busca está nossa motivação por crescimento ou ostentação, por desenvolvimento de si ou controle do outro.

Se a nossa busca por melhorar é uma autêntica experiência de desenvolvimento pessoal ou uma forma de competição escondida.

Se nossa busca pelo melhor é desejo de dar o nosso máximo ou apenas serve para humilhar e controlar o outro.

Quando dizemos: está bom, mas poderia ser melhor! O que queremos com isso? O que nos move a dizer isso?


Soberba e insatisfação com a vida

A soberba sempre nos deixa insatisfeitos e incapazes de louvar e agradecer por tudo que já vivemos. Tudo que a soberba toca fica com sabor amargo de insatisfação...

Pensemos nisso ao olhar nossas insatisfações familiares, profissionais ou com amigos.


Sim, tudo pode ser melhorado, mas as pessoas ao nosso redor talvez já estejam fazendo um esforço enorme para acompanhar nosso ritmo, para corresponder a nossas exigências e somos nós, soberbos, que ficamos insatisfeitos acusando os outros e pondo a perder a paz em casa e no mundo.

Sem autoconhecimento não pode haver conversão

Não é possível haver conversão sem um mínimo de autoconhecimento. Não podemos mudar de rota, se não sabemos em que rota nós estamos. Nesse sentido, às vezes, precisamos que amigos ou situações toquem profundamente em algumas feridas nossas para que possamos acordar de nossas ilusões. Há três textos que gostaria de recomendar a você e que se encontram no meu livro OUTROS CONSELHOS QUE (NÃO) ME PEDIRAM.


Nele estão conselhos que precisamos mas não temos coragem de pedir...

A CORREÇÃO FRATERNA (p. 8): sabemos de fato manifestar aos outros seus erros sem humilhá-los? Será que as pessoas são fechadas à correção, ou frequentemente fazemos da correção uma oportunidade de nos mostrarmos superiores? Como devemos reagir quando as pessoas nos apontam nossos erros?


SE SUA CASA JÁ CAIU ALGUMA VEZ, LEIA! (p. 41) É um texto a nossa vida como uma construção bem feita ou uma construção negligenciada, sobre os abalos esperados e inesperados que podem nos atingir. A casa caindo é oportunidade de nos avaliar e renovar nossa confiança em Deus. O texto conclui nos chamando a rezar como santa Teresa: Nada te perturbe... só Deus basta!


A INCRÍVEL CAPACIDADE DE ADAPTAR-SE (p. 62) Nos momentos mais difíceis, mais complicados quando conseguimos nos conhecer um pouco mais, descobrimos uma capacidade em nós de vencer as dificuldades. Vencer nem sempre significa não ter dificuldades, mas saber superar essas dificuldades. Por isso, diante dos abalos da vida a palavra de ordem é sempre a paciência. Nem a alegria nem a tristeza são o último momento da minha vida. Ela sempre deve prosseguir.


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