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Dízimo e o amor a Deus: as prioridades do coração

 

Quando o dízimo não cabe no bolso

é porque o coração já está cheio de outras prioridades.

 

É muito comum que as pessoas pensem no dízimo como um “compromisso com a Igreja” no sentido de ser um complemento à vida de fé, mas isso é um engano: por ser parte da vivência da fé ele se concretiza como compromisso com a Igreja. Sempre repito que o dízimo decorre do primeiro mandamento, não é um enfeite nem um detalhe opcional. Ele faz parte do primeiro mandamento.


Exercício para amar a Deus acima de tudo

Com a vivência consciente, frequente e generosa do dízimo, o cristão exercita seu chamado a amar a Deus acima de tudo. O raciocínio é bastante simples: se não consegue se organizar para oferecer a Deus um pouco do que recebe, como conseguirá amar a Deus de todo coração, alma e entendimento?

A vivência do dizimista sofre seus altos e baixos, seus momentos de intensidade como também de cansaço. Isso faz parte da dinâmica frágil da vida humana, mas exatamente por isso, comprometer-se como dizimista é cuidar para que a perseverança garanta os frutos que a intensidade desorientada jamais vai alcançar.


A perseverança é mais importante que a intensidade

É nesse sentido que o dizimista, mesmo em ocasiões difíceis, deve sempre tomar o cuidado para manter sua fidelidade. A frase “se eu ganhar na loteria, vou dar tanto para a Igreja” pode demonstrar um grande carinho pelas coisas que Deus deixou entre nós, mas ela não serve para nada se no dia a dia, mesmo sem o tal prêmio da loteria, nada se faça para ver a Igreja avançar na sua missão.

É por isso que o dizimista precisa ser ajudado a entender que sua perseverança é mais valiosa do que qualquer promessa de uma doação grande em caso de ganho de um prêmio de loteria. Alcançamos mais com a constância do que com a força. A perseverança de um dizimista faz dele um grande dizimista, não a doação esporádica de alguma fortuna...


Cuidar do coração para que o bolso seja disposto

Posso ainda acrescentar uma orientação importante: o dízimo nunca tropeça no bolso, mas no coração. O coração é o lugar das nossas decisões, onde organizamos nossas prioridades, por isso, precisa sempre ser cuidado para que nele, como um jardim, floresçam as melhores sementes que vão perfumar o mundo.

Antes da dificuldade do bolso o dizimista, se está mal formado em sua consciência, já se perdeu na prioridade das suas escolhas. Quando o dízimo não cabe no bolso é porque o coração já está cheio de outras prioridades. Vale a pena pensar.


Saudação carinhosa e agradecida à Diocese de Borba/AM: um agradecimento "do tamanho do Rio Madeira" a toda a Diocese de Borba na Forania São Marcos que me acolheu nos dias 05, 06 e 07 para o seu III Congresso da Pastoral do Dízimo. A dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, aos padres e diáconos, bem como todo povo de Deus em Borba/Forania São Marcos meu profundo agradecimento assim também à Editora Paulinas e sua livraria em Manaus que mediaram os passos para esse encontro nosso.


Padre Cleiton Viana da Silva é assessor diocesano da Pastoral do Dízimo da Diocese de Mogi das Cruzes (SP), doutor em teologia moral pela Academia Afonsiana (Roma), mestre em bioética pelo Centro Universitário São Camilo, especialista em marketing e mídias digitais pela FGV, professor de teologia na Faculdade Paulo VI, autor por Editora Paulinas e ministra cursos presenciais e on-line. Também é autor do livro Dízimo, uma nova experiência. Itinerário de fé | Paulinas Editora. Saiba mais sobre este livro clicando aqui.


 

 

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