As recordações dos nossos avós são as coisas mais doces que temos. Convivi pouco com meus avós, mas também tenho recordações maravilhosas. Dos avós maternos, vô Zé Viana e vó Zefinha, me recordo acordando cedo na casa deles, tomando leite frio com açúcar cristal... até hoje é um sabor que me encanta, tr
az sabor da infância, das viagens a Mirante do Paranapanema. Também de lá, lembro do louro na casa dos avós paternos, vô Ezequiel e vó Dona Menininha. Todos já faleceram, mas em muitos momentos difíceis é sempre bom recordar que já fomos crianças. Convivi pouco com eles e pouco pude fazer por eles. Mas os conservo no coração e nas orações. Sempre!
Seus avós estão envelhecendo muito rápido. Você já se deu conta disso? Talvez você já não caiba no colo deles e se observar já não é todo peso que eles conseguem erguer. Mas o colo deles já foi seu refúgio muitas vezes. Algumas vezes até quando seus pais queriam lhe dar umas palmadas, foi no colo deles que você se protegeu como um rei em sua fortaleza.
Mas não é apenas para trazer de volta essas maravilhosas recordações que estou escrevendo, queria compartilhar com você uma coisa muito importante: eles não estarão aqui para sempre. Talvez num piscar de olhos partirão, num desses dias que você não os visitou porque estava bastante ocupado...
Não falo isso para você ficar em pânico, dividido entre as milhares de obrigações que nossa vida traz e o amor dos seus avós. Eles não querem que você se sinta assim. Até muitas vezes se contentam com um telefonema porque sabem que um abraço gastaria muito do seu tempo.
Mas eis o que quero lhe dizer: eles não lhe contam, mas gostariam muito de receber seu abraço. Seu abraço acrescenta vida aos dias deles, seu abraço faz eles lembrarem que todos os sacrifícios da vida valeram a pena: os sacrifícios que fizeram por seus pais e por você. Seu abraço é vida para eles.
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