O tema da sexualidade frequentemente é um angu com caroço entre as responsabilidades dos pais na educação de seus filhos...
Quando devo tocar no assunto?
Devo realmente tocar nesse assunto?
Como falar disso? Meus filhos dizem que estou ultrapassado(a)!
Pais de adolescentes certamente se identificam com essas frases e, infelizmente, costumam deixar para remediar o que poderiam prevenir.
Como que seria um diálogo com os filhos sobre a sexualidade? Uma olhada rápida no Catecismo da Igreja Católica (Nº 2331 em diante) nos ajuda a compreender muitas coisas importantes. A sexualidade envolve tudo da nossa vida: ou aprendemos a organizar nosso coração e nossos afetos ou todas as nossas relações poderão ser prejudicadas pelo egoísmo; somos mais atraídos pelo prazer passageiro do que pela construção exigente de uma vida integrada, organizada.
Neste sentido, é necessário e urgente falar sobre castidade e educar os jovens para o crescimento nesta capacidade de amar por inteiro, com o corpo, os sentimentos, as emoções, a linguagem e o pensamento! Mas não se educa apenas organizando o diálogo entre o pode e o não pode...
Quando os pais e educadores se limitam a construir barreiras separando o pode e o não pode, seu esforço vai por água abaixo quando o jovem começa a receber outras influências... E como são influenciados o tempo todo! São bombardeados por informações, muitas enganosas e incompletas...
Não tente impor na cabeça do seu filho os seus valores, ajude que ele construa esses valores no ritmo dele.
Pilares para conversar sobre sexualidade
O diálogo sobre a sexualidade ou castidade deve ser construído sobre dois pilares essenciais da nossa vida: nossos sentimentos e nossos pensamentos. Os pais devem treinar seu olhar para ajudar também os filhos a observarem o sofrimento que há no mundo por causa de promessas de amor falsas ou irresponsáveis (1º pilar).
Não se trata de condenar os outros que erraram na busca de viver o amor, mas de ajudar seus filhos a refletirem, colocarem-se naquela situação e se questionarem (2º pilar) sobre qual tipo de vida eles querem para eles mesmos.
Quando os pais se concentram nos males que há no mundo por causa do amor mal vivido, terminam amedrontando os filhos e até mesmo inviabilizando o diálogo. Os filhos fogem daquilo que lhes causa mal-estar. Se os pais se limitam a dar explicações e impor seus raciocínios serão rapidamente substituídos diante dos grandes influenciadores de internet, por exemplo, ou por artistas famosos...
Os pais devem saber unir a observação dos fatos com um estímulo aos filhos construírem sua visão sobre as coisas, seu repertório de valores e ideias importantes sobre a vida. Quando o jovem constrói seus valores orientado pelos seus pais, poderá muitas vezes viver conflitos com outras referências, mas terá uma base forte para reorientar sua vida em um processo de amadurecimento.
Coração inquieto: um auxílio para pais e educadores
Tenho recebido de muitos pais uma avaliação bastante positiva do modo como eu abordo as questões de sexualidade no livro Coração inquieto – zaps a Lucílio, Tibúrcio e Eugênia (Editora Paulinas, 2018). Neste livro sigo exatamente essa maneira de abordar os temas da sexualidade: diante dos casos e exemplos que as personagens do livro me apresentam vou construindo com eles uma reflexão.
Na opinião de muitos pais, o livro Coração inquieto aborda assuntos tão “espinhosos” como pornografia (página 27...), masturbação (página 37...) e namoro santo (página 105...) com bastante leveza, simplicidade sem ser superficial ou ambíguo.
Além de tudo, há sempre referência ao Catecismo da Igreja Católica para que o leitor possa aprofundar melhor os temas. O próprio tema da castidade (página 45...) é abordado de maneira direta para que o jovem compreenda que a castidade é a capacidade de amar por inteiro.
No livro, os jovens, seus pais e educadores percorrem um caminho de observação de várias situações que enfrentamos no dia a dia em relação à educação dos jovens e pouco a pouco a reflexão ajuda o leitor a construir seu repertório ou a consolidar os valores que já estão em seu coração.
A inquietude do coração dos jovens (e de todos nós) merece sempre uma abordagem que possa trazer paz e não condenação, coragem e não medo. E é isso que oferecemos neste livro.
Temas no livro Coração inquieto
Em ordem alfabética, veja os principais assuntos do livro:
· Castidade
· Conflito com os pais
· Discernimento
· Ideologia de gênero
· Liberdade ou livre-arbítrio
· Masturbação
· Namoro santo
· Pecado e ocasiões de pecado
· Pecado grave
· Pornografia
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